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Monstera Amarela

Palavras soltas sobre coisas improváveis, situações mundanas, mágicas inertes e sonhos nómadas.

Monstera Amarela

Palavras soltas sobre coisas improváveis, situações mundanas, mágicas inertes e sonhos nómadas.

28.Mar.17

Pézinhos de Cinderela? Não me parece.

Gosto de moda no sentido que gosto de roupa, gosto de ver as pessoas na rua e apreciar a sua forma de vestir. Do mais básico, ao extrovertido, do monocromático à simetria de cores e às suas combinações berrantes. Acho a forma mais simples e eficaz de dar-mos a conhecer aos outros uma faceta nossa. Ou de expressar o nosso tumulto, de sentirmos bem.

 

Quem não tem os tais sapatos que fazem sentir que conseguimos subir montanhas, as tais calças com que vamos conquistar o mundo ou o tal vestido que nos faz dançar como ninguém. A roupa muda o nosso estado de espírito ou baseamos o nosso estado de espírito consoante o que vestimos. Por isso valorizo a importância que tem um estilo próprio, do ser assim sem artimanhas ou cheio delas. Se todo este mundo usasse um fato não haveria indivíduos, pessoas. Mas um monte de coisas pedantes iguais, simplórias.

 

Tudo isto para valorizar o meu ponto de vista, as dificuldades que enfrento quando há uma ocasião e dress code. Eu acho por bem haver um, não desminto, ajuda as pessoas a avaliar o que têm de levar e não cometer atrocidades que ninguém quer ver nas fotos mais tarde.

Contudo por vezes o dress code é um bicho de sete cabeças pelo menos para mim é quando a única palavra para o descrever é preto. Preto? Eu uso preto mas não é a minha cor, é algo secundário às mil e trezentas cores que uso, porque é isso que eu gosto, de cor, padrões doidos e ananases!

 

Sendo assim, voltando atrás no tempo, aos dias que antecederam a gala da Sociedade de Autores Portugueses, foram tempos revoltos, cheios de contratempos e angústias. Nada bonito de se viver. Adivinhem o que era o dress code? Pois claro, preto. Mas pronto, consegui algo que se adeque, não era o meu sonho mas ia de encontro ao pedido. Agora que temos o que vestir vem o mais difícil, o que calçar.

 

E passo a explicar, eu calço o 34. É isso mesmo, tenho 1,59m e nem com esse pormenor em conta Deus foi generoso com os meus pés. Encontrar calçado de ocasião número 34 tem o nome de código missão impossível 6 e nem desta o Tom Cruise conseguia desenvencilhar-se.

 

É preciso tempo, paciência, muitas frustrações, amor e dedicação para conseguir esse feito. Eu tive direito a três dias a partir do momento que o meu namorado, uma alma de pessoa generosa com muito bom carácter, disse-me vamos a uma gala. Já referi que andava que nem uma mula a trabalhar há seis dias e ainda faltavam duas manhãs?

 

Resultado, não consegui. Estou na Alemanha, Terra de gigantes, nunca nem uns All Stars consegui aqui comprar quanto mais uns sapatinhos de festa. Os putos de 5 anos calçam mais do que eu. Eles saem do ventre da mãe e já calçam o 35. Facto exacerbadamente irreal mas justifica um ponto. 

 

E é isto, fui de botas. Também quem é que olha para os pés? Toda a mulher, eu sei. Mas que se lixe, dias não são dias. 

 

 

25.Mar.17

I want more!

Encontrei um novo vício, uma série que deixa-me abalada com a imensidão de talento que transborda da tela para a realidade. As histórias não são simples, uma teia de acontecimentos, pessoas e os seus medos que entrelaçam-se, ganham novos contornos, uma alma envolta em mistério que segue um caminho que não imaginávamos.

 

A química que existe entre aquelas três mulheres, as personagens principais, e a amizade que é forjada é uma amizade inesperada, imprescindível mas no fundo com tantos segredos. Cheia de intrigas que impelem à mudança, que interrompem o fluir da dinâmica do grupo e exigem soluções, um fim para aquela angústia.

 

Um retrato do ser humano que na sua natureza de ser, nunca se revela por inteiro nas relações com o outro, guarda sempre algo para si. Algo que não aceita mas que irremediavelmente é intrínseco à sua condição. Por vezes nem sabe o que é e pode até mesmo desconhecer a sua existência. Será que nunca virá a descobrir ou noutra perspectiva guardará para sempre no seu íntimo?

 

Um episódio acaba e é de arrancar os cabelos e roer as unhas quando não há outro e tem se esperar.

 

"Big Little Lies", junta três actrizes espectaculares, Reese Whiterspoon, Nicole Kidman e Shailene Woddley. Eu não poderia pedir por mais perfeição e genuidade da peça que nos apresentam. É arte, senhores.

 

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24.Mar.17

Fazer surpresas à mamacita

A minha mãe e eu, fica estranho mãe o mais normal é mamacita, somos idênticas. Nunca tive dúvidas que fosse a filha da mãe que tenho, não há cá processos secretos de adopção antigos nem nada dessas coisas. Basta olhar para a cara de uma e imaginar como era ou ver como será... Apesar desta relação de unha com carne, divergimos numa série de pormenores, feitios e gostos.

No entanto, há algo que ganhei da minha mãe, que partilhamos, de fazer a mala e partir, conhecer o mundo e fazer parte dele.

 

Ora a vida da minha mamacita não tem sido tarefa fácil, a infância foi uma série de provações e o trabalho tem sido a palavra do seu dia-a-dia desde tenra idade. Viajar nunca foi opção, havia prioridades e muito menos havia possibilidades para tal.

 

Hoje o maior prazer que tenho é dar-lhe a conhecer coisas novas, simples na sua natureza mas que habitam só no imaginário dela, coisas de filmes que estavam longe de ser alcançadas. Abrir-lhe os horizontes, como ela o fez outrora, mas comigo dando-me esta coragem de ser sempre eu, que não era menos do que ninguém, que sou capaz mesmo quando as probabilidades estão contra mim.

 

Se posso retribuir-lhe porque não o fazer? Verdade seja dita, que nos divertimos bastante. A primeira vez que a levei a um bar para beber cocktails, nomeadamente um belo de um Pinã Colada, onde nos sentamos ao balcão do bar que nem duas dondocas foi uma risada levada da breca.

 

Faz anos em Setembro, bom carácter como só um virgem pode ter, eu, balança de gema, num momento de impulso daqueles vai assim mesmo que é o que eu quero e mando. Comprei bilhetes para a Madeira, reservei estadia no dia e como sou a pior pessoa para fazer surpresas, que a emoção de rebeldia é tanta que transborda, contei-lhe logo!

 

Ultrapassando a reacção inicial meio enfadada que é sempre algo "ai filha, não gastes dinheiro comigo" meio a rir que está contente de ir passear, dá naturalmente aquela vontade mesquinha de revirar os olhos e mandar passear couves.

Posto isto, já temos pelo menos dois objectivos a cumprir na Madeira, beber Poncha e arranjar um fornecedor no mercado negro dos bolos do caco que entregue lá no continente, em casa uma fornalha diária quentinha. Se vier por acaso com manteiga de alho, prometo que não torcemos o nariz.

 

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21.Mar.17

O norte da Europa é o Actimel das alergias

Ponto positivo da primavera em Hamburg, é que as minhas alergias ficam em stand by, em ponto quase caramelo, em águas paradas ali a marinar até que voe novamente para Lisboa. E aí sim, dão sinal de vida, ressuscitam que nem Jesus a descer à terra, explodem num misto de lenços, pingos de nariz, olhos vermelhos, comichões alucinantes de querer buscar o esfregão da cozinha e escrutinar cada pedaço de pele da nossa existência. Não esquecendo que tudo isto acontece ao som de "Firework" da Katy Perry.

 

Portanto, fazendo um serviço à comunidade, se visitarem esta belíssima cidade em plena primavera sigam a sugestão da rádio local e não se esqueçam do guarda-chuva.

 

 

20.Mar.17

Vivemos também do imaginário

A semana, contratempos e os planos uns sobre outros ditou que só vai ser quarta feira à noite. Mas já marquei na agenda, já o convidei, convidar como quem diz, que não teve chance de dizer que não, logo de manhã compro os bilhetes e não há volta a dar, não há terceira chance de falhar. Vou embora na quinta mas recuso-me a embarcar sem levar a cabeça cheia de canções e sonhos que a Disney, desde que conheço, tende a embaraçar a minha realidade, a dar-lhe outras cores e tons.

 

 

19.Mar.17

Não há luz como a nossa

Quem vai para fora, quem emigra e passa a viver num país onde as nuvens são o pão nosso de cada dia, onde a chuva é uma constante diária e o chapéu de chuva é tão obrigatório na mala quanto o estar lá a nossa carteira junto com o cartão do cidadão, rapidamente se apercebe dos privilegiados que temos sido, do nosso pequeno Portugal que deixamos para trás.

 

Deste canto esquecido na Europa plantado especialmente à beira-mar quase a beijar o oceano, onde o sol brilha todos os dias, onde os invernos são claros, os verões quentes e a luz, meu deus, esta luz natural é de outro mundo. Agora percebo quando vêm de fora e falam da luz, "aquela luz era maravilhosa" aceno com a cabeça a concordar. Sem dúvidas algumas do quanto essa luz é importante para alimentar as nossas almas, que clichê eu sei mas é sincero, de levantarmos a sorrir, de termos energia para subir montanhas, de querermos que o dia não acabe e que quando o inevitável acontecer que seja com jantares rodeados de amigos ao pôr-do-sol.

 

É essa mesma luz que me faz querer também voltar, não só de passagem, a correr como tem sido ao longo destes dois anos quase três. Mas de vez, voltar com a certeza que aqui quero ficar, viver e criar raízes. Porque não há nada que não fique melhor, não há problema que resista a um céu claro, sol alto, areia nos pés e a vastidão do mar que só como ele sabe levar para longe as nossas ansiedades e trazer paz.

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"The voice of the Sea speaks to the Soul"

Kate Chopin, The Awakening 

 

 

17.Mar.17

Uma Gala pequena pensava eu

Fui à Gala da Sociedade Portuguesa de Autores. Quando me disseram eu pensei ser algo pequeno, simples, em Cascais por exemplo, não havia SPA metido na conversa nem foi mencionado CCB. Foi um acordar com água fria e estores levantados à pressa pela manhã, como só uma mãe sabe fazer, que finalmente percebi que era algo maior. Era em Belém no CCB, e só assim por acaso ia ser passada na televisão em directo na RTP2. Oi? Como? E eu tenho que ir?

 

Com três dias tive uma aventura de altos e baixos à procura da fatiota certa, o dress code era preto, que dor de cabeça. E sapatos? Socorro, que eu não tenho sapatos, e não pensem que na Alemanha encontro o mais usado número de sempre de calçado, o 34. O drama, muitas lágrimas, muita paciência das amigas que me levaram a todo o lado. Que não desistiam, quando eu já só pensava em ir nua com duas estrelas pretas a tapar os mamilos.

 

Não sei como, ainda estou para descobrir como é que se deu o desenlace mas fui, e estava bem. Se estava perfeita, não. Mas sentia-me bem, era a minha pessoa que estava ali e não outra a querer fazer-se passar por mim. E adorei a experiência, ia acompanhar o meu namorado, e éramos parte da claque de torcida de um dos nomeados na área das Artes Visuais.

 

A sala estava impecável, grande, vistosa, e assistir aquele aparato de máquinas, câmaras e fios bailarinos deu outra perspectiva do que realmente se passa por trás do espectáculo. Afinal não é só magia, há gente por trás e são mais do que as mães que fazem tudo andar dentro da perfeição.

 

Antes de começar alguém fez um discurso do género, não se levantem a não ser que toque a luz de emergência ou haja terramoto, atenção ao que fazem e nada de telemóveis. Há câmaras por todo o lado, nós somos o Big Brother.

 

Pânicoooo, medo, suores a escorrer, as comichões já começavam, eu estava por sinal na segunda linha de cadeiras a contar do palco! Não havia como escapar, como esconder-me e a minha mente passava vezes sem conta, "Isabel, ouve, não tires macacos do nariz e por amor da Santa não A D O R M E Ç A S"

 

Não adormeci, ufa. Confesso, que foi difícil, é o meu talento natural. Se desse para ser super herói com esse super poder, ia salvar o mundo muitas vezes decerto. Para mal dos meus pecados, sei que apareci algumas vezes devido ao lugar privilegiado em que estava, se queria esquecer isso a minha mamacita fez questão de o mencionar.

 

Vi a celebridade do momento, o nosso Presidente da República, que a meio estava tão para lá como eu, com muita pena minha pena, infelizmente o Marcelito fugiu a sete pés antes que conseguisse tirar uma selfie com ele. Fica para a próxima. 

 

Contudo, querem saber mais? O melhor foi mesmo quando o nomeado que íamos aplaudir deixou-o de ser e virou vencedor. Foi uma festa, Parabéns a ele. O prémio agora ficará bem acolhido e quentinho por cima da televisão lá em casa, ou com um lugar cativo ali na mesa de cabeceira.

 

Foi bom, muito bom, já posso riscar na Bucket List, "aparecer na televisão".

 

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15.Mar.17

Selfies com o avião é que não

Sou uma pessoa simples e nada dada a superstições, más sortes, mau-olhado, mezinhas e pozinhos para as maleitas ou usar amuletos da sorte na confiança cega de que funcionam. Pelo contrário, adoro gatos pretos e o espelho meu "quem é mais bela do que eu" lá de casa já se encontra rachado no canto inferior direito.

 

Contudo, não posso, abomino este mal que se propaga mais rápido que a peste negra. São as ditas selfies com aviões, os estados do Facebook a informar meio mundo que vão para certo sítio acompanhado da foto tradicional do pessoal sorridente a embarcar.

Não dá para se ser racional, uma pessoa não aguenta de pensar o pior, de ser dada a negativismos e prever a tragédia que poderá vir acontecer. Ser aquele o dia, aquele voo que vai ser notícia, e esta imagem será o rosto da tragédia, coitado daquele infeliz que despenhou.

 

Para mim essas fotos são pequenos demos. Capazes de atrair as más energias, são seres malignos, o mal como se tivesse inerte ganha de repente vida e age para ser notícia, para ser recordado, ele existe. Quantas histórias podemos contar que ouvimos, lemos e ficam na memória os retratos das pessoas felizes que embarcaram, os votos escritos para uma viagem segura ou mesmo a ironia de dizer "o pior que poderá acontecer é o avião cair". E assim o infortúnio bate à porta e resolve de fazer isso acontecer. Há rasteiras mais fáceis de superar na vida, esta não é uma delas. 

 

Difícil é esquecer essas imagens. Por exemplo, quando o segundo avião da Malaysia Airlines desapareceu, houve uma foto de uma das vítimas que correu o mundo, ele estava a embarcar no avião e a legenda era algo como "um raio não cai duas vezes no mesmo sítio". Ainda hoje fico com um nó quando penso nisso. Há coisas tramadas.

 

No meio disto, tenho pavor de voar porém com uma média de 12 voos por ano este medo teve que ser controlado, domesticado para conseguir usufruir do regresso a Lisboa e de viajar sem palpitações loucas e pânicos descabidos. 

 

O meu conselho, registem por favor, tirem a foto sem medos ou pudores, cheios de poses, ar de turista e sinal da paz, mas e só quando o avião aterrar, as luzes dos cintos desligarem e o modo de voo estiver desactivado. Aproveitem também as paisagens e atrações do local que visitam para mostrarem ao mundo e meterem inveja, é que de aviões não há nada de interessante a registar, são todos iguais com mais ou menos desenho. 

 

Ontem infelizmente não tive sorte, e fui eu a fotógrafa de um casal de moças que levou com o mau feitio de alguém que estava manifestamente contrafeito no que estava a fazer. Abstenham-se de o fazer, eu agradeço, afinal posso ser só um pouco supersticiosa.

12.Mar.17

Logo às 4:30 da manhã

Sou a Cinderella, perdão, sinto-me mais a pobre gata borralheira que outra coisa.

Acordo, ainda é noite alta, saio de casa e toda uma sinfonia, devem ser dezenas, milhões deles. Que acham a minha rua o seu pouso, o santuário da terra prometida.

Eles cantam, palram, refilam. Juro que já sei o que sentiram os actores no filme "The Birds" de Alfred Hitchcock, medo e dores de cabeça com tanta poluição sonora. Já me devem ter feito alguma proposta indecente para cantar com eles.

Mas eu não vou na cantiga, ainda é noite, escuro como breu, não são horas conventuais, está frio e é uma dor, uma apoquentação deixar a cama, aquele ninho para trás.

 

 

 

Ponto positivo a marcar, duma maratona de oito turnos, já vejo luz, não é clara mas é suficiente para dar uma força extra. Faltam dois, dois turnos para viajar em direção à minha rica Lisboa.

09.Mar.17

Stand Up!

Sou feminista, houves tempos que era difícil de o dizer pois tinha receio de defender esta posição. Feminismo era e ainda é visto por muitos como um palavrão. Uma artimanha maluca criada pelas mulheres que deviam estar nos píncaros da TPM e que mal-resolvidas com o mundo lançavam faíscas a tudo que era pessoa com tomates. "Coitadas" , diziam as más-línguas, "elas precisam é de um homem." 

 

Mentiras, mal-entendidos, preconceitos, ideias errôneas, não sei o que chamar contudo correram mundo inteiro e são muitos os que partilham essa opinião.

Porêm feminismo é mais do que a ideia de mulheres erguerem a voz pelas mulheres. É sim, procurarem igualdade seja no trabalho, na vida social ou nas relações. Mas isto da igualdade tem o seu quê de engraçado, pois é uma moeda de duas faces que funciona para ambos os lados. Ser feminista é erguer a voz não só pelas mulheres, mas também pelos homens, que não podem chorar porque os torna-os fracos, de terem o direito ao tempo de paternidade com o seu filho, de falarem de sentimentos sem que alguém os faça sentir que já estão a vestir as saias em casa ou de meninos quererem ser a Branca de Neve no carnaval e o lilás até ser a sua cor preferida. 

 

Igualdade para e entre todos, sem géneros, tornou-se tão cliché nos medias e na nossa sociedade, tão corriqueiro que perdemos o seu verdadeiro significado e ficamos-nos por miragens, a ilusão de que está bem do jeito que é, e louco é aquele que tente virar a maré.

 

Pois então que sejamos loucos, e viremos a maré, criemos tempestades, maremotos, façamos tremer a terra, que movamos montanhas com a nossa loucura desinibida, que o vento espalhe a nossa voz. Que algo mude mas para melhor, pode ser lento, pode ser depressa. Mas que venha, mais do que nunca precisámos de mudar perspectivas, encontrar novos significados, procurar outras definições para o que temos pois as que temos são insuficientes, descartáveis que ficam aquém da realidade actual que vivemos. Sejamos destemidos, curiosos, com garra em lutar, o caminho, esse, é em frente. 

 

 

 

 

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