Viver a vida do ecrã
E o que é bom acaba depressa nomeadamente o sol também, Hamburg já sente a minha falta e mandou um cheirinho da sua amada trovoada como lembrança que está lá no norte aguardando a minha presença...
Adiante, estes dias souberam a ginjas mergulharas em chocolate preto líquido aiiii que bom! Porém eu tinha um plano, deixar o maldito do telemóvel para trás, abstrair-me das redes sociais, blogs e pesquisas aleatórias de maneira a que o sacana deixasse de ser um prolongamento do meu braço sempre com o dedo pronto para fazer scroll.
Acham que correu bem? Nheeeeeee.. Poderia ter sido melhor, deu para perceber que a dependência é maior do que eu esperava. Isto de ter um smartphone cheio de funções e mimimi é um sarilho de trabalhos camuflado. Tu sabes que ele está ali, super fácil e apetecível e não resistes. Bem vou só ver num instante, coisa pouca que assim não tem mal, como estão as cenas pelo instagram e vinte minutos depois ainda estás sentado na sanita com a marca do tampo estampando no rabiosque. Ah pois é, aconteceu.
Alguém mais precisa de um pacote de 12 passos para viver mais em pleno sem pensar se o fulano tal já deixou o Peru e agora anda em praias paradisíacas nas Canárias ou que o pequeno-almoço foi mais uma daquelas bowls super "in" carregadas de fruta bonita, cortada ao milímetro para parecer bem?
Vocês não sei, mas eu preciso. E por isso vou continuar com este processo, praticar o desapego e arre para este sacana que vai ficar numa ponta e eu noutra. Todo um pacote tem um nome fofinho e apelativo e este vai ser algo género "Manda-o Às Urtigas". Posto isto, vou aproveitar os meus últimos cartuchos e viver a loucura da vida "quase" sem o telemóvel.