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Monstera Amarela

Palavras soltas sobre coisas improváveis, situações mundanas, mágicas inertes e sonhos nómadas.

Monstera Amarela

Palavras soltas sobre coisas improváveis, situações mundanas, mágicas inertes e sonhos nómadas.

07.Dez.17

Fui e voltei a Munique - o que fiz por lá

Anteontem aterrei em Lisboa e quase jurei que não era Inverno em Lisboa. Depois de cinco dias com temperaturas a rondar graus negativos e neve, ser ofuscada pelo Sol de Portugal foi um choque. Afinal estão ambos os países no Inverno mas claramente em páginas diferentes do que este significa.

Gostava que houvesse um intermédio porque uma cidade repleta com neve tem um encanto sedutor e não há melhor indicativo que o Natal está a chegar.

 

Cheguei a Munique dia 29 de Novembro, são três horas de viagem e fazem-se num instante. Lembro-me de ter viajado com a TAP alguns anos e ter uma opinião melhor desta, hoje em dia sinceramente não encontro grande diferença entre viajar numa low cost ou pela TAP, aquela sandes sem possibilidade de opção vegetariana mais o boião de "fruta" deixam algo a desejar.

 

Já em Munique fomos para a casa que tínhamos alugado pelo AirBnb, é sempre uma boa opção para quem quer poupar em refeições e dá aquele aconchego de estarmos numa casa que um quarto de Hotel nem sempre consegue. Fomos supreendidas com o vizinho do senhorio que nos recebeu e mostrou a casa. O que aconteceu a seguir foram três moças burras a olhar para un palácio. O moço era um suiço alto, giro e com uma pinta de descontração que nos esquecemos que estávamos ali para conhecer a cidade e passou-nos despercebido que a casa-de-banho e o duche eram fora da casa. Ele era giro e nós parecíamos adolescentes. Oi?! A casa-de-banho fica fora da casa?

Depois de muitos suspiros e conspirações para arranjarmos um date com o moço e conseguirmos fazer o arranjinho com a amiga que estava solteira é que caímos na real meia hora depois de ele ter ido embora. Aiiii, aquele WC era um pesadelo e o duche só tinha de bom o aquecedor das toalhas. Já imaginaram tomar banho enquanto que o pijama fica ali a marinar num banhinho quente? Pois, é divinal.

 

 Encasacamos-nos e fomos bater território, e assim de repente Munique é uma cidade muito bonita, cheia de igrejas e cúpulas carregada de história e mercados de Natal, ela encanta logo que não precisa de muito para arrancar uma boa impressão. Já tinha referido num post anterior que esta é a melhor altura para visitar Alemanha devido às feiras que polulam a cidade, tudo é alusivo ao Natal e o ar cheira a amêndoa caramelizada. Em Hamburg também há imensas feiras mas falta-lhe o encanto que a neve confere ao Inverno. Há quem não goste da neve porque depois fica tudo feio quando derrete, sim é verdade fica. Mas caramba, ver nevar é um espectáculo gratuito da Natureza que chama a nossa faceta criança que quer fazer lutas e bonecos de neve.

Se aconteceram as lutas de neve? Oh yeah! Vingamo-nos de uma infância isenta de neve e das brincadeiras que só existiam nos filmes. Parecíamos loucas atirar bolas de neve, as mãos ficam um cubo de gelo e os dedos não dobram mas isso não interessa quando se pode desferir o golpe fatal na cara do "inimigo".

 

No segundo dia fomos a Salzburgo, era a duas horas de comboio e foi sem dúvida das viagens mais bonitas que já fiz, de uma ponta à outra a paisagem era digna de um postal. Aldeias perdidas com neve, igrejas que despontam num mar branco e os bosques, altos pinheiros verdes carregados de neve foi mágico.

Ir a Salzburg vale a pena, fica na Áustria mesmo na fronteira com a Alemanha, é uma cidade pequena e uma ode a Mozart, sendo esta a cidade natal deste músico. Eu perdi-me de amores porque é mimosa e com ruazinhas decoradas, com lojas e montras lindas e tem cúpulas verdes que nunca mais acabam. Quanto ao castelo, de todos o que eu já vi não o achei bonito pelo menos por fora, parecia uma prisão.

 

Em Salzburg comi o meu Scnitzel redondamente conhecido por panado em terras lusas, demos voltas pelas ruas e depois subimos até ao castelo, acabamos por entrar, o bilhete básico custa 9€ e vale a pena pela vista panorâmica da cidade. Fomos já ao final do dia (16 horas) e assim vimos a cidade já com o lusco-fusco, todas as luzes mais a de Natal estavam acesas, depois de mil e uma fotos fomos embora antes que fôssemos albergadas pelos dois grupos de chineses que pareciam mais invasores de espaço do que turistas. 

Um deles pediu uma foto connosco... mas porquê? A minha amiga que é mais despassarada tirou-lhe o telemóvel da mão e disse para se colocar no sítio e tirar a foto com a paisagem e o castelo. Não sei quem ficou mais vermelho se nós ou ele. 

 

Salzburg é uma cidade bonita e que na minha opinião se vê bem em um dia, por isso vale a pena se estiverem de visita em Munique fazer de comboio o roteiro até lá, são quatro horas de viagem, ida e volta. E garanto que a viagem de comboio vale bem a pena, nem que seja para sentirem-se num filme a preto e a branco com um grande plano sobre a cara a olhar pensativamente para o branco da neve e a beleza atroz dos bosques. Ou então para o telemóvel que há Wi-Fi grátis, sintam-se livres para a modernidade dos tempos. 

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Foto tirada por Andreia Alves

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Foto tirada por Andreia Alves

Amanhã vou postar sobre o castelo de Neuschwanstein, que para mim foi a pérola da viagem. Sabem quando as expectativas são altas e têm medo de serem uma mentira pegada? Pois, não aconteceu. O castelo é lindo que dói à vista, vou dizer uma atrocidade mas é ainda mais mágico do que ver o castelo da Cinderela quando se entra na Disney. E o facto de estar tudo branquinho coberto de neve foi divinal, parecia daquelas fotos do National Geographic, e eu tinha a sorte de estar ali a presenciar em primeira mão.

Tive que ser uma pindérica princesa da Disney, que chato, escolhi a Mulan, óbvio. Digam que não sou a única mas se és uma princesa tens que cantar certo?! Pois, enquanto via o castelo esta era a banda sonora. 

 

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