Popkorn&Kino - a sétima arte dos filmes japoneses
Filmes japoneses transparecem uma vida vagarosa o ritmo é lento e cheio de silêncios, dão destaque às emoções e não aos diálogos, quando eles existem há significado neles e não foram ali colocados só para encher tempo, existe também uma beleza subtil em cada cena, um cuidado aos pormenores que deixam de ser vulgares e fazem parte do enredo, fazem sentido estar ali e conferem harmonia entre os actores e o plano onde estão.
Por isso sou uma fã deste género, para além que uma apaixonada pela cultura do Japão. Já referi ser este o meu destino de sonho? Se pudesse embarcava para lá já amanhã e ficava um ano pela terra do sol nascente.
O último filme que eu vi chamava-se Her Love boils Bathwater, sei que não tem o nome mais primoroso de sempre, roça até o ordinário e poderia ser nome de uma canção pimba. O nome original é Yu o Wakasu Hodo no Atsui Ai, pois, se vocês souberem japonês sintam-se livres para ficarem com o original.
Apesar deste nome, não se deixem ficar e vejam este filme, escrito e produzido por Ryōta Nakano, relata a história de uma mãe solteira que descobre ter cancro em fase terminal. Resta-lhe meses de vida e a partir daí, ao seu jeito frio e restrito vai fazer de tudo para que a sua filha fique bem e consiga virar-se sozinha depois de ela ir. No meio desta missão vai ajudar outros que lhe são próximos e ela própria vai redimir-se dos seus fantasmas.
O filme foi selecionado para representante do Japão para o Óscar de melhor filme estrangeiro em 2018. Falta-me ver os outros mas desde já, acredito que este seja uma forte possibilidade de sair vencedor.